A invasão de ratos nas casas do Bairro São Joaquim transformou a vida dos moradores num inferno. Eles têm travado uma verdadeira guerra contra os roedores, mas não conseguem se livrar deles. Ratoeiras e vários tipos de veneno não estão sendo suficientes para exterminá-los.
Há mais de um ano, a depiladora Juliana Cristina Lima, 20, passa apuros com os ratos em sua casa. Ela chora de medo deles. “Virou uma praga. Eles causam muitas doenças e avançam na gente quando estão com filhotes”, disse ela.
As noites viraram uma tortura para ela e o marido. Todos os dias o casal acorda com o barulho dos bichos correndo pelo telhado, que é de telha eternit e não tem forro. Juliana já encontrou cinco ratos dentro da gaiola comendo o alimento do passarinho. “A gente não vence colocar veneno. Todos os dias varro a casa e encontro fezes deles. Quando lavo o chão, o cheiro de urina exala. Uso até água sanitária”, disse a depiladora.
Juliana disse que até os carros são alvo dos roedores. “Eles entram, roem os bancos e deixam um tanto de fezes.” Os alimentos da residência são colocados todos dentro da geladeira, os pães ficam armazenados no micro-ondas e a ração do cachorro embalada dentro do tanquinho. As frestas do telhado foram tapadas com jornais. A depiladora precisou comprar outro fogão porque os ratos destruíram o que ela tinha. “Já tentei matar, mas eles fogem. A gente está perdido com esses ratos. Eles estão em tempo de pôr a gente para fora e morar dentro da casa.”
O pai de Juliana, o pedreiro Benedito Gonçalves, 65, mora no mesmo quarteirão e enfrenta o problema também. Ele já chegou a ver uma fileira de ratos correndo sobre o telhado da casa. Ele comprou um arsenal contra os animais, mas não se livrou deles. No último mês, gastou quase R$ 60 com ratoeiras e venenos. “Acho que matei uns 20, mas eles não somem. Eles perturbam demais e são perigosos porque trazem doenças sérias. Tem ratos pequenos e outros que são muito grandes, parecem gatos andando pelo telhado”, disse ele, que sabe de outras cinco casas invadidas por ratos e ratazanas no bairro.
Na residência do vizinho dele, o gráfico aposentado Deroci dos Santos, 66, os bichos têm aparecido com frequência. Chegaram a fazer um buraco na parede e ninho no quarto dos fundos que ficou com a porta aberta um dia. “Ratoeira não consegue capturar, eles sempre escapam. Como tenho netas pequenas, fico com receio de usar veneno. É difícil combater”, disse o aposentado.
A Prefeitura prometeu fazer uma inspeção nas casas para orientar os moradores sobre a maneira adequada de evitar a invasão dos ratos.
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