24 de ago. de 2011

Festas em centro comunitário atormentam vizinhos da Sta. Luzia


Muito barulho, aglomeração de pessoas no meio da rua, som alto de carros estacionados e até brigas que invadem a madrugada nos fins de semana. Muitas são as reclamações dos moradores próximos ao centro comunitário da Vila Santa Luzia, na zona oeste de Franca. Eles se queixam que o espaço não tem sido utilizado para fins educacionais e culturais. Somente no último final de semana, segundo os vizinhos, foram duas festas com muito barulho e confusão até altas horas da madrugada.

Construído por moradores do bairro em 1973, o centro comunitário da Vila Santa Luzia passou por uma recente reforma e foi reinaugurado pela Prefeitura em 2009. Atualmente, o centro oferece cursos de manicure e pedicure, aulas de capoeira, palestras e encontros. Mas, apesar de reconhecerem as iniciativas, os vizinhos reclamam que o espaço está quase sempre fechado durante a semana, sendo frequentado somente nas festas de sábado e domingo.

Para os moradores da região, o problema não é a realização das festas e dos encontros aos finais de semana, mas o horário em que terminam. “Dá para entender que o pessoal queira se reunir e curtir a folga. A intenção do centro foi boa. O que incomoda é que a festa não tem horário para terminar e a vizinhança não consegue dormir com a bagunça feita na rua. Tem que ter um limite e isso precisa ser respeitado”, disse um morador das proximidades do centro comunitário que preferiu não se identificar.

Segundo relatos dos vizinhos, o centro comunitário promove muitas festas para crianças e encontros que terminam no início da noite, mas muitas pessoas ficam no local e passam a madrugada consumindo bebidas alcoólicas, escutando som alto e tumultuando o bairro. “A gente sabe que há até circulação de droga, mas temos medo de denunciar. A polícia quer que a gente saia na rua, no meio da noite, para registrar o BO (boletim de ocorrência), e isso ninguém tem coragem”, reclama outro morador que mesmo estando distante do centro comunitário se sente incomodado com a situação.

Para tentar resolver o problema, o presidente do centro comunitário, Donizete do Nascimento, o Zoinho, disse que irá limitar o horário das festas (leia texto nesta página). Ele destacou ainda o trabalho social realizado no local. “Criamos um grupo de rap, outro de pagode e também um grupo de religiosos que se encontram semanalmente. A ideia é tirar as crianças da rua e inseri-las no centro, mas é um trabalho a longo prazo”, ressaltou Nascimento, que também menciona o fornecimento de cestas básicas e medicamentos aos moradores mais necessitados do bairro. A manutenção do centro comunitário é realizada através do dinheiro arrecadado com a locação do espaço para festas de casamento e aniversário.

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