Vítimas de tragédia na rodovia são enterradas

Familiares e amigos se despediram neste domingo dos cinco jovens mortos no
acidente de trânsito ocorrido por volta das 18 horas, num trecho de pista
simples da rodovia que liga Uberlândia a Ituiutaba, no triângulo mineiro.
Choro, orações e homenagens com músicas marcaram os últimos momentos com as
vítimas antes dos enterros realizados em horários e locais diferentes.

Ana Beatriz Bittar Gimenez, 19, que residia no Bairro Santo Agostinho e era
estudante de jornalismo na PUC de Campinas, foi a primeira vítima a ser
sepultada. A pedido dos familiares, o sepultamento foi antecipado para as 9
horas. Felipe Careta Rossi, 19, morador na Vila Industrial, que trabalhava
como sapateiro na fábrica Ped Shoes, foi sepultado por volta das 10 horas
no Cemitério Santo Agostinho.

Marcos Vinícius Caprioli, 19, morador na Vila Industrial, que trabalhava em
uma ótica no Centro e cursava o segundo ano do supletivo na Escola
Municipal “Antônio Sicchierolli”, foi sepultado pouco antes das 11 horas no
Cemitério da Saudade. No mesmo horário e local ocorreu o sepultamento do
instrutor de academia e aluno de educação física da Unifran Carlos Eduardo
Ponce, 20, que era vizinho de Caprioli.

O último sepultamento foi realizado às 14 horas, no Cemitério Parque Jardim
das Oliveiras. Rafael Naves Bedo, que estudava à noite no ensino supletivo
da Escola Municipal “Antônio Sicchierolli” e trabalhava como designer na
fábrica de calçados da família, a Domarra Calçados, e residia no Parque
Franville, foi o último a receber homenagens. Era ele quem dirigia o
veículo que se envolveu no acidente.

A TRAGÉDIA

A turma de amigos estava a caminho de Ituiutaba, famosa por seu Carnaval de
rua. Eles passariam os cinco dias curtindo a folia na cidade. Por volta das
18 horas de sexta-feira, o carro onde o grupo francano viajava invadiu a
pista contrária e bateu de frente com um caminhão. Com o impacto, o carro
rodou e bateu novamente em outra carreta. Ana Gimenez, Felipe Rossi, Marcos
Caprioli e Rafael Bedo morreram no local. Carlos Ponce chegou a ser
socorrido, mas não resistiu e morreu no Hospital de Clínicas da
Universidade Federal de Uberlândia.