Pelo menos seis moradores que viviam debaixo de quatro pontes na cidade foram retirados ontem pelo programa Busca Ativa, da Prefeitura de Franca. Os locais haviam sido apontados pela reportagem do Comércio publicada na última terça-feira.
Os mendigos migraram para debaixo das pontes das avenidas Antônio Barbosa Filho e Doutor Ismael Alonso y Alonso, após o aterro efetivo do “piscinão” localizado na Major Nicácio.
Durante a busca que contou com a ajuda da Polícia Militar, as equipes recolheram às margens do Córrego Cubatão materiais como colchões, trouxas de roupas, caixas de papelão, cobertores, pedaços de madeiras e ferros utilizados como mesas e cortinas. “Eles se abrigavam no vão existente entre o córrego e a avenida, de aproximadamente um metro de altura. Durante o dia os mendigos vagavam à procura de esmolas e dinheiro, à noite apareciam para dormir”, disse o administrador do Abrigo Provisório, Adair de Carvalho Costa. Todo material recolhido foi despejado em um caminhão e levado para o lixão do Distrito Industrial.
O Busca Ativa passou pelos locais também para oferecer auxílio no Abrigo Provisório, mas apenas um jovem aceitou ser levado. “Não houve resistência para eles saírem, mas como a maioria é usuário de droga, os mendigos não quiseram ajuda ou ser encaminhados até o Abrigo”, disse Adair. “Eu quero melhorar de vida, largar as drogas e ajuda do pessoal do abrigo para tirar meus documentos e arranjar um emprego”, disse o morador de rua que se identificou como Maurício.
O ABRIGO
Depois de acolhidas, as pessoas que vivem nas ruas e se dispõem a mudar de vida são levadas ao Abrigo Provisório, localizado na Avenida Dom Pedro I, na Vila Gosuen. Atualmente o local tem capacidade de atendimento para 74 pessoas por dia. No local, os moradores podem desenvolver trabalhos na marcenaria, na horta e ajudam na limpeza dos quartos durante o dia. À noite, muitos chegam da rua para descansar ou apenas para fazer uma refeição.
O local foi reformado pela Prefeitura no início do ano e ganhou uma nova sala para realização de reuniões dos abrigados com psicólogos, assistentes sociais e corpo administrativo da instituição.
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